NacionalBelém é a quinta capital com maior número de mulheres assassinadasBrasília, e BelémDo G1 e Redação
Paragominas, no Sudeste do Pará, aparece em primeiro lugar nacional com a maior taxa de mulheres assassinadas entre os municípios brasileiros com mais de 26 mil habitantes femininos: do ano de 2008 a 2010, foram registrados 17 casos, com 24,7 mortes a cada 100 mil habitantes em 2010. Outros quatro municípios do Sul e Sudeste Paraense aparecem nesse ranking, assim como Ananindeua e Barcarena. Os dados são do "Mapa da Violência no Brasil 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil", estudo coordenado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, que atuou em parceria com Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Instituto Sangari, divulgado ontem.
O levantamento também mostra que Belém é a quinta capital com maior número de assassinato de mulheres, com 35 casos ou 7,6 mortes por 100 mil habitantes, em 2010. Belém perde apenas para Porto Velho (12,4), Rio Branco (11,9), Manaus (11,5) e Boa Vista (10,4). O Pará aparece em sexto lugar entre os estados brasileiros, com 225 casos em 2010 e taxa de 6,0 vítimas por 100 mil habitantes em 2010, perdendo para Espírito Santo (9,4), Alagoas (8,3), Paraná (6,3) e Paraíba e Mato Grosso do Sul (ambos com 6,0) - a pesquisa não detalha o motivo do desempate entre esses dois últimos e o Pará. O Brasil aparece com o sétimo maior índice dentre 84 países pesquisados (conforme dados da Organização Mundial de Saúde, de 2006 a 2010), com 4.297 mulheres assassinadas ou índice de 4,4 mulheres assassinadas em cada 100 mil, em 2010. O número de vítimas femininas de homicídio entre os anos de 1980 e 2010, cresceu 217,6% no país.
RealidadeA pesquisa mostrou que a cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país e em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata a mulher é o namorado, marido ou ex-marido. Ainda segundo o Mapa da Violência no Brasil, no ano de 2007 a taxa de homicídios contra mulheres, que vinha aumentando, teve a primeira queda do período devido ao advento da Lei Maria da Penha, que passou a punir quem pratica violência doméstica e familiar contra a mulher. Mas em 2008 o índice voltou a crescer sem interrupções.
Fonte: http://www.orm.com.br
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