Por, José Wilson Alves¹
Foto: Eduano Silva |
Mais um
ano vemos em nossos dias chegar o Natal, o dia que para cristãos é comemorado o
nascimento de Jesus Cristo o filho de Deus que veio habitar entre nós, que
nasceu de uma humilde mulher chamada Maria e que foi protegido e educado por um
homem da descendência de Davi conhecido como José (Mt. 1. 20) e que veio ao
mundo numa manjedoura (Lc. 2. 16) entre
animais num estábulo.
O
Natal, antes que se possa imaginar não é apenas um dia, o Natal é um período,
um tempo, que se celebra o mistério do nascimento, da encarnação do verbo divino
que habitou entre nós, nos ensinou o caminho, e nos salvou da morte do pecado
(Lc. 3. 6).
O tempo
que celebramos o nascimento do menino Jesus, o Messias, deve ser encarado como muito
mais que um tempo de receber e devolver presentes, de irmos as compras e ou
fazer viagens e turismo dos sonhos, gastar dinheiro, agradar amigos e consumir
desenfreadamente.
O
Natal, antes era comemorado pelos antigos pagãos o nascimento do sol, o sol que
é astronomicamente falando o grande astro rei, para a nossa geração, Cristo é,
e será sempre o nosso principal e maior astro rei, ele é o norte de nossa
geração, quer seja conscientemente cristão ou não, o mundo moderno rendeu-se ao
cristianismo, a sua história, seus pensamentos e sua filosofia.
Também
é certo afirmar que o consumismo fruto de outros valores que não são cristãos,
que muito influencia nossa forma de vivenciar a tradição do tempo natalino, faz
verdadeiros estragos na compreensão deste tempo, tempo este, que comemorando a
graça de fazer memória ao nascimento de Jesus, acabamos por nos diluirmos num
consumismo demasiado, deixando de lado o mistério celebrado e prática da
solidariedade e apego familiar e respeito as pessoas que antes de tudo é o mais
importante do ensinamento de Jesus.
O comércio,
o consumo intenso, e a demonstração de poder aquisitivo é muito mais forte que
a demonstração de fé com a tradição cristã e ou demonstração de carinho para
com as pessoas queridas que se deseja presentear. O presente não pode ser algo
maior que a festa da graça recebida, a confraternização da vida, da irmandade,
da paz e do amor entre as pessoas e a aceitação de um Deus verdadeiro que se
faz vivo e atuante em meio a nós.
A bíblia
e a história de Jesus Cristo nos levam a pensar: Como nasceu? Como viveu? Quem
foram os seus amigos? Qual era a sua opção? Que legado deixou para a humanidade?
Tudo isso cada vez mais é conhecido e difundido, porém, é notório, que cada vez
mais, a humanidade inverte a lógica do ensinamento, e devolve tudo para a mesma
humanidade, tudo aquilo que o mestre pede que não façamos uns para com os
outros.
Dar,
comprar e ou receber presentes não é o forte do tempo do Natal, ser feliz é o
forte, e ser feliz não é receber presentes, é ser presente para você mesmo, é
ser presente para o outro, e principalmente para aqueles que precisam, e
certamente aquele que precisa não necessariamente deve ser um homem sem
dinheiro ou uma mulher ou criança abandonada.
O
outro, o seu próximo, pode ser você mesmo, pode ser aquele, que mesmo que seja seu
grande e importante amigo, ainda precisa que lhe diga que Deus não nasce no seu
presente, e nem esta embalado nas caixas enfeitadas, e que a alegria do Natal,
não vem com laços e cores e jingles natalinos, tem sim, cor, raça, classe
social, sentimento, valores, princípios e coragem para levá-lo aonde
naturalmente você não iria ou nunca imaginou ir, siga o seu coração e busque a
paz, que não vem das compras e festas.
Mas se
as compras forem importantes? E se a festa for necessária? Faça então, com convidados
especiais, com aqueles lembra? Que tem cor, raça, classe social, sentimento,
valores, princípios e coragem, para levá-lo aonde naturalmente nunca foi, e por
isso, talvez somente um amigo, que se torne mais que um amigo, que você nunca
conheceu pessoas que sempre precisou de você e você nunca se ofereceu, uma
classe social que mesmo estando baixo da sua, não é pior que você, e que a
nobreza de seus atos, longe dos presentes e da festa, aumentarão os sentimentos
e valores que darão razão a seus princípios.
Natal
não é comercial, siga a estrela, siga seu coração, siga Jesus Cristo, seja
feliz!
¹ O autor é Educador Popular; Assessor da Cáritas Paragominas;
Assessor do Instituto Popular Amazônico – IPA; Formado em Gestão Empresarial /UNAMA;
Assessor/Educador de Jovens e Adolescente/CAJU/CNBB-Norte-II; Licenciando em
Biologia/IFPA; Consultor em Desenvolvimento Rural
Sustentável ; Consultor em Gestão de Trânsito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário