quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dilma empossa novos conselheiros e conselheiras do Consea

Cáritas Brasileira ocupa cadeira de titular como representante do conjunto da Igreja

Dilma empossa novos conselheiros e conselheiras do ConseaNa tarde desta terça-feira, dia 17, a presidenta Dilma Rousseff, empossou a nova gestão do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). A solenidade, que ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), contou com a presença dos novos conselheiros e conselheiras, além de presidentes dos conselhos estaduais, governadores, ministros, parlamentares, entre outras autoridades como o vice-presidente da República, Michel Temer.
Jaime Conrado de Oliveira, assessor e membro da colegiada nacional da Cáritas Brasileira, ocupou, pela primeira vez, uma cadeira de titular no conselho representando o conjunto da Igreja. Assumiu a presidência do órgão a conselheira e antropóloga Maria Emília Lisboa Pacheco. Ela é a primeira mulher a presidir o Consea.
Em seu discurso, Maria Emília homenageou os povos indígenas, que contam com representação no conselho por meio de quatro etnias (Tapeba, Kaiowá, Yawanauwá e Guarani), defendeu os direitos dos povos indígenas e quilombolas e ainda criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que pretende transferir do Governo Federal para o Congresso Nacional a competência para demarcar e homologar terras indígenas e quilombolas.
“Instaura-se o risco de inviabilizar qualquer reconhecimento de novas áreas. Os conflitos territoriais e as dificuldades de acesso às políticas incidem em sua insegurança alimentar. A Chamada Nutricional Quilombola mostra-nos o impacto da desnutrição das crianças, cerca de 76% maior do que para o conjunto da população. Para indígenas e quilombolas, a terra é um bem  sagrado, que vai além da simples produção para sobrevivência. É o lugar onde enterram seus mortos e celebram a vida. É o lugar onde produzem e reproduzem sua cultura, onde historicamente domesticam plantas e animais e nos deixam um enorme legado de espécies e variedades que enriquecem a nossa biodiversidade. A terra não é mercadoria, nem propriedade privada de pessoa física ou jurídica. É patrimônio coletivo, de todo um povo, de seus usos e costumes, e assim a apropriação dos seus frutos se dá, igualmente, de forma coletiva, de forma sustentável”, afirmou Maria Emília que ainda criticou fortemente o uso de agrotóxicos e transgênicos. “O caminho percorrido historicamente pelo Brasil, com seu modelo atual de produção, nos levou ao lugar do qual não nos orgulhamos – de maior consumidor de agrotóxicos no mundo e uma das maiores áreas de plantação de transgênicos.”

Já Dilma Rousseff destacou em seu discurso pontos como a presença estratégica do Consea no combate a fome, a desnutrição e a pobreza extrema no país, uma das prioridades do atual governo. “O combate à fome e à desnutrição ganhou centralidade, ganhou importância, ganhou prioridade na agenda brasileira. E com humildade, mas com a certeza de que contribuímos para isso também na agenda internacional. Porque essa prioridade transformou-se em ações concretas, em uma política pública, tanto por parte do governo brasileiro como também dado esse exemplo por parte de vários organismos para os quais eu tenho certeza que o Brasil, ao longo desses anos, contribuiu, tanto diretamente através da cooperação, como muitas vezes através do exemplo”, ressaltou.

por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional
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